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Corpo de Bombeiros devolve cerca de 11.300 animais silvestres à natureza nos últimos dois anos

O desmatamento, as queimadas e as várias agressões ao meio ambiente provocadas pelo ser humano tem contribuído enfaticamente com a migração de animais silvestres para o perímetro urbano. O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) realiza diariamente a captura de espécies que, habitualmente vivem em matas e florestas, mas que agora estão cada vez mais presentes nas cidades.


De acordo com um levantamento do Centro Integrado de Defesa Social do CBMMG (Cinds), durante o ano de 2019, o Corpo de Bombeiros realizou a captura de 4.952 animais silvestres de mais de 20 espécies diferentes em todo o estado. Somente serpentes foram capturadas e devolvidas à natureza mais de 2.500.


A pesquisa do Cinds também revela que houve uma variação de 28% na captura de espécies silvestres na comparação de janeiro a outubro de 2019 e o mesmo período de 2020 em Minas. Na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o aumento representou 4%, mas na capital mineira o acréscimo nas capturas de animais em área urbana chega a 16%.


Em linha gerais, o CBMMG, entre 2019 e 2020, devolveu à natureza 11.285 animais silvestres que se arriscaram nos perímetros urbanos, fugindo de queimadas e outras degradações ou simplesmente em busca de maior oferta de alimentos.


O ingresso dos animais nas casas muitas vezes pode causar pânico e comportamentos que podem comprometer a integridade das pessoas ou dos bichos, por isso é sempre aconselhável manter uma distância segura e acionar o Corpo de Bombeiros pelo 193 sempre que necessário.


O sargento Bruno Bicalho, da Academia de Bombeiros Militar (ABM), especialista no assunto, destaca que “a atividade de captura de animais silvestres por parte do CBMMG representa uma grande parcela do atendimento de ocorrências da corporação. Isso está relacionado com a crescente urbanização. O fato de os seres humanos avançarem em direção às áreas rurais em ambientes silvestres faz com que os animais busquem novos abrigos e, nessa busca, aumenta-se o convívio dos seres humanos com os animais” explica o biólogo.


Ele também esclarece que durante esse convívio pode ocorrer duas situações em que os animais vão se encontrar passíveis de atendimento por parte do Corpo de Bombeiros: “é quando o animal está em uma situação de risco ou perigo ameaçando sua saúde e integridade física e há também a situação em que o animal oferece risco de ataque à população. Ao se deparar com essa situação, o cidadão deve entrar em contato com o 193 e aguardar a chegada de uma guarnição especializada neste tipo de ocorrência. Enquanto aguarda, o cidadão também deve adotar cuidados, pois os animas podem oferecer riscos, já que possuem garras, dentes, ferrões que podem ameaçar a integridade das pessoas. É importante também que o cidadão monitore o local em que o animal se encontra e repasse o maior número de informações para o Corpo de Bombeiros, a fim de facilitar a captura’, completou.


Por fim, ele pontua que, ao chegar no local, a guarnição irá realizar a captura desses animais e fazer a destinação correta. Os animais sadios são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e, posteriormente devolvidos à natureza. Já os animais silvestres lesionados ou doentes serão encaminhados para clínicas veterinárias parceiras.







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